18 de mar. de 2011

Sirva-se à vontade.

Ah como é bom poder escrever. Sem limites de caracteres. Sem limites de linhas ou parágrafos.
Como é bom poder escrever o que eu quero, o que sinto e o que eu vejo. Acho que se eu pudesse fazer outra coisa nas minhas horas vagas, além de escrever, escolheria reescrever. Simples assim.
Uma xícara e um café é sempre a parte do dia que a gente para, relaxa e pensa... em tudo... em nada. Igual sentar no sanitário e ficar olhando pro azulejo. Associou? É a hora de acender um cigarro ( que me desculpem os não fumantes, sem apologias), mas nada melhor do que um café fresco, um cigarro e uma cabeça borbulhante de pensamentos , que escapam da mente tão rápido quanto a fumaça que sobe de um trago.
Agora eu tenho um espaço em branco, implorando para serem preenchidos por letras, frases, orações, parágrafos e diálogos entre a primeira segunda e terceira pessoa do meu singular. Não são contos. Não são crônicas. Não são versos. São pequenos arrotos ou grandes golfos de palavras engarrafadas, envelhecidas e amarguradas dentro do meu eu. Gritando por ar, pedindo por luz. Ora, venham à tona logo de uma vez, vamos acabar com esta congestão de idéias entupidas procurando a via desinterditada para poder passar.
O certo e o errado não são méritos meus. Não estou aqui para julgar. Não vim para ofender. Nem ao menos criticar. Quero somente escrever ... sobre o que? Não sei ... Quero fazer de minhas palavras o aterro sanitário das minhas frustrações, despejar o que me incomoda e o que me irrita, o que me faz rir ou me faz chorar. Quando um aterro atinge o limite máximo de armazenagem, é reformulado, às vezes vira um lindo espaço verde com plantas e arvorezinhas bonitinhas para esconder a podridão e a decomposição que vive embaixo. Talvez, quem sabe, quando eu achar que já despejei tudo que deveria, transforme meu aterro de idéias em lindas poesias, mas agora eu preciso começar.
Já me sinto bem melhor, é como estalar as costas depois de ficar muito tempo sentada em uma mesma posição. A automatização e o cotidiano nos transforma em robôs, na verdade quase em débil metais, resumindo nossas oras em cronogramas relacionados a tudo, menos a nós mesmos. Pensamos na roupa de amanhã, na hora da reunião, no negocio que vai fechar, na mistura da janta, no roteiro mais rápido pra voltar pra casa, e quando temos tempo de pensar em nós? O que somos, queremos ou amamos? Quais as nossas prioridades? Aonde vem Deus neste cronograma? O que te faz feliz?
òoooh, sinto cheiro de fumaça .... não, não é do cérebro queimando ... é do café que está pronto .. fresco, quente , pronto para ser apreciado no melhor estilo... que venham as idéias. Sirva-se à vontade!!!! 

5 comentários:

  1. Esta de parabéns, escreve de forma clara de facil entendimento. Conteúdo excelente.

    Seguindo e divulgando no twitter. ;)

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  2. olá,

    Se vc gosta de escrever; faça-o mais vezes. Vc.vai gostar tanto q não terá mais tempo pro café e cigarro.

    abraços

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  3. Então Bem Vinda ao clube!
    Escrever é um tipo de exercicio de liberdade.
    Linda semana pra nós e
    bjins entre sonhos e delírios

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  4. Um café... sempre nos cai bem!

    ;) que venham outras xícara...

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