** Confusão **

Agora eu tenho em minhas mãos um caderno novo, cheio de folhas em branco, esperando para serem preenchidas por palavras a esmo ... não ... palavras nunca são a esmo.

Aqui eu posso declarar o meu grito de revolta comigo mesmo, com as minhas atitudes e a minha personalidade.

Depois que eu exploro minhas linhas eu posso transferir para o computador, teclas não me deixam  tão a vontade para explorar aquilo que eu sito.

Tento por várias vezes ser a minha própria psicóloga, mas eu acho que faço tudo errado sempre. Será que amo demais? Será que penso demais? Será que sofro demais? Me sinto dentro de um ioiô, meus sentimentos vão e voltam a todo instante, se debatendo, se confrontando sempre. Perco-me e me encontro no meio de mim. Mas afinal, quem sou eu?

Será eu, uma menina com  idade de mulher? Ou será que sou uma mulher que ama como uma menina? Não sei ainda definir, porque é a primeira vez que amo, então fica difícil descobrir o que é certo e o que é errado no amor.

é  como uma ponte de corda e madeira que atravessa o penhasco de um lado ao outro, se você olhar só para frente, vai ter firmeza, encontrar o outro lado e atravessar. Mas quando bate o vento e você olha para baixo, a ponte estremece, sua perna amolece, você se enxerga no fundo e tem medo de seguir em frente. Às vezes volta. Às vezes para. E aos poucos percebe que o melhor mesmo é caminhar, andar devagar e chegar ao outro lado.

Talvez você sinta tanto medo, que não se arrisque novamente. Ou talvez você descubra que superar seus fantasmas e exorcizar seus demônios é tão excitante que sempre vai querer se arriscar.

Cada vez com mais agilidade, mas sempre com aquele frio na barriga da primeira vez. Estou vivendo uma fase louca. Ou essa onda me leva, ou eu dropo ela.