3 de jun. de 2015




A culpa não é das estrelas. E nem da chuva que caiu hoje, justamente quando você esqueceu seu guarda chuva. E nem do guarda de transito que estava na esquina da rua que ele nunca aparece, no dia do seu rodízio. A culpa não é da maquina que rejeitou o seu cartão, e nem daquele look maravilhoso que não resistiu, e mesmo sem poder, comprou. A culpa não é da pedra que você chutou na calçada enquanto corria para atravessar o semáforo, porque estava atrasada pela milionésima quinta vez, e nem das pessoas que andam devagar a sua frente. A culpa também não é sua, e nem de ninguém. A culpa é apenas um rotulo. Que usamos para nos sentir mais leves e soltos. Para camuflar uma explicação obvia, ou alguma coisa sem explicação. A culpa pode ser conseqüência, mas nem sempre um fato. Culpados não eximem quem aponta a culpa. A culpa não tapa sol com peneira, ela apenas disfarça os raios solares. È uma explicação sórdida e sem valores, que na maioria das vezes – e quase sempre – e toda vez – camufla uma situação já escrita e predestinada. Não se culpe. Não culpe o mundo. Não culpe a vida. Tampouco os objetos – ainda que estes sejam seres inanimados. Assuma o papel do agora. Aconteceu porque estamos no presente e isso é um fato. Seria então, culpa de estarmos no presente e não no passado?? Se não fosse hoje, seria amanha, ou depois. O fato é que coisas acontecem a cada milésimo de segundo, então tudo teria um culpado, ou tudo seria como é. Escolha em que acreditar. Mas não se culpe. Não se aprisione dentro desta palavra que esconde um calabouço, não a atribua a outras pessoas, a culpa não é de ninguém, muito menos das estrelas.

She'll lie and steal and cheat, and beg you from her knees ...Make you think she means it this time

Nenhum comentário:

Postar um comentário