25 de abr. de 2011

"O dia depois de ontem"

Meu feriado de  Pascoa foi legal. Acho que a expectativa de esperar o domingo para abrir os ovos de Pascoa, e aquela rotina toda de igreja, missa, procissão, jejum,  etc que a gente aprende na  catequese vai perdendo um pouco o seu fervor, não pela falta de fé, mas pelo contexto, não sei, mas acredito que quando for mãe, talvez isso volte com muita força, para que eu possa passar algo para minha filha, e ela quando crescer também vai se desligar para um dia se ligar de novo. Eu cumpri com a minha parte, acho que a religião e tudo que a envolve se resume num dialogo limpo e único entre você e Deus, é somente o seu coração e Ele que conhece seus mistérios, então dogmas são apenas dogmas e papéis são apenas papéis. Meu Deus brilha no Sol e na espuma da onda que eu vejo quando vou no mar, Ele tem cheiro de terra molhada depois que chove, e Tem a alegria de uma criança que descobre algo.  Enfim, meu feriado foi bacana, com algumas Heinekens, caipirinhas e horas merecidas de sono, filme e boas leituras. Ai o feriado acaba e a vida volta ao normal, nunca ao normal completamente, os dias nunca são iguais, cada dia é impar.
.... (continuação da história) ....
No dia seguinte aquele, o Sol estava de rachar a cabeleira, acordei pilhada, cheia de alegria relembrando os bons momentos de uma boa noite ( a noite por si só, sem os finalmentes) e de bons beijos. Mal comi o pão e tomei o café, já me trouxeram um copo de vodka .... uaw, acho que cheguei em Ibiza e me disseram que era São Paulo . O Sol,  a agitação, a vodka e um pega de uma Jane que eu dei junto com o Ni perto de um pé de manga foi uma composição maestral para me levar diretamente para Orion. Eu estava caminhando na grama e tinha a sensação de estar sendo levada pelo vento; sentada a beira da piscina, minha amiga me dizia coisas inaudíveis, longe, confusas. Olhei para dentro da piscina e vi o Ni, disse para ele que estava “na crista da onda”, em outras palavras, eu estava com todas as sensações ao mesmo tempo. Ele me disse para pular na piscina e eu assim o fiz. Foi o tempo de passar a minha mão ao redor de seu pescoço e sentir tudo ficar branco. Desmaiei na água. Acordei com meu corpo sendo retirado da piscina, ouvindo minha amiga gritar, as pessoas comentando, mas na minha tela mental só havia cores fortes.. um branco que me cegava e um preto que me dava medo. Eu estava dentro de uma parede e ora saia e ora voltava. Foi a pior sensação que já experimentei, não posso explicar porque foi uma mistura de muitos sentimentos, os maus predominavam e eu sentia um vulto pular em mim, eu gritava e me sacudia no chão e depois eu via muita luz e não conseguia pensar em mais nada a não ser que eu estava morrendo ali, no meio daquela multidão d gente bêbada me olhando. Depois fui pesquisar a respeito e descobri que eu tive uma “bad trip”, seria o mesmo que uma viagem do mau, alucinações e sensação de morte. Pra mim foi a luta do meu consciente com a sensação de “ to fazendo merda, porque que eu fui fumar essa porra”.
Devagar fui abrindo os olhos, mas meu pensamento estava sendo processado na 5ª dimensão. Eu achava que minha pressão estava baixa, sentia sede, sensação de desmaio e quando cheguei à farmácia chacoalhei o farmacêutico quando ele disse que minha pressão estava normal, eu disse ao gritos para ele: COMO EU TO NORMAL. EU TO MORRENDOO! Ainda bem que nunca mais voltei àquela cidade. O farmacêutico olhou para minha amiga e disse: Leva ela pro Hospital. Depois do segundo tubo de glicose na veia eu consegui ler o diagnostico que dizia: Álcool e  maconha (misturados a W que eu estava aplicando na academia); acho que foi a coisa mais louca que já li sobre mim. Minha amiga ficou ao meu lado todo o tempo, e o Ni ??? Ah, ele jamais perderia o Sol para ficar sentado 3 horas numa cadeira esperando minha mente voltar a si ... que coisa!!
(continua ...)
Ouvindo John Mayer ... Slow Dancing in a Burning Room. “ We're going downAnd you can see it, too.

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