** Passarinho??? Que som é esse?? **

Cá estou “again”, cheia de vontade de vomitar letras. Isso sempre acontece quando eu me sinto perdida de mim, confusa, quando eu olho para o relógio e parece que não anda 1 minuto, quando o comercial fica mais demorado que a novela (não que eu ame novela), mas é um daqueles dia onde + com + vai dar sempre - . Minha vida sentimental está um caco, minha vida profissional uma bagunça, meu cabelo está todo quebrado e eu estou engordando .. Cruuuuuuuuuuzes de todas as igrejas, me salvaaa desta inhaca que eu estou tendo agora. Estou lendo   “ comer rezar e amar”, ainda na primeira viagem de Liz, mas me identificando muito com tudo que ela diz. Decidi que ia ler o livro antes de ver o filme, mas eu sempre acabo me ferrando porque me decepciono com os filmes pós-livros. Foi assim com todos (exceto o último) do Harry Potter, Código da Vinci, Amor além da vida, entre outros. O filme enxuga a riqueza dos detalhes, ou talvez, a riqueza dos detalhes da leitura seja mesmo intimo-particular, criadas única e exclusivamente por nós. É tão mais legal poder imaginar como foi tudo e dar rosto aos personagens e estar na cena quando ela acontece. Mas o filme dá tudo isso pronto, e na minha opinião, a digestão é péssima. Arroto até o talo e juro que da próxima vez vou ver só o filme ( pra tentar variar um pouco), mas a idéia de comprar o livro sempre vence.

... continuação  da história...

Quando retornei do hospital, escutei algo como: êeeee glicose, voltouuuu! Tinha tanta gente naquele lugar que demorei pra entender onde eu estava. Vi a loira que estava cercando o “ni” durante todo o tempo, pra roubar um baseado dele , pra roubar um beijo dele , pra roubar ele de mim. Eu sou muito perceptiva e saquei o que estava rolando, cheguei nele e perguntei... ele ficou sem graça mas acabou confessando que tinha rolado alguma coisa entre eles. Fiquei de cara, com ânsia. Com vontade de sair correndo. Eu era careta demais ou as pessoas muito descaradas?? Tentei engolir meu orgulho ferido e me recompor para correr atrás do trio logo mais a noite. E a noite chegou. Eu estava aparentemente de buenas, mas meu canto de olho estava bem pra lá e pra cá tentando enxergar o “ni” e quando o canto do meu olho achou foi a coisa mais estúpida e imbecil e que não sai da minha cabeça até hoje, quase um ano e meio depois: Estava o Ni andando depressa, quase correndo, sabe aquele passo apertado quase que um trote? Então, era isso ... ele estava nesta condição atrás da loira ( que eu apelidei de córguenta – para quem não conhece, a expressão vem de “ morar na beira do córrego, ter o pé de barro, ser uma garota da laje”), e ela andava com a sua bunda empinada, jogada pra trás, (bem parecido com o “Zeca Urubu” quando se veste de mulher para atrair o pica-pau), e balançava o cabelo duro-alisado com oxigenada10. Que cena !! Eu fui dar a volta no trio, mas a noite estava tão doida, que metade do camarote caiu, o trio parou, pessoas se machucaram, foi correria.O trio voltou, as ambulâncias começaram a fazer parte do circuito, choro, roubo, arrastão. Mas eu consegui o meio da confusão fazer um coração com a mão para o Bel. Saldo da noite lastimável, indícios de um fim de semana mesmo inesquecível.

( continua ...)

Ouvindo: Pitty – Temporal .... “ se o tempo hoje vai depressa .. não está em minhas mãos ... cada minuto me interessa...” ( sim cada minutinho da minha tão curta e bagunçada vida)