Tchãtchãran tchan tchan ... assim deveria começar o nosso dia, devido as inúmeras surpresas que ele nos reserva. São os nossos dias tão inesperados, que receber um fora através de poesia foi a coisa mais inusitada que me aconteceu até hoje nesta vida. E por falar nisso acho que estou me tornando a campeã de levar fora, embora na verdade este não tenha sido especificamente um fora, já que não estava me relacionando com o meliante, saímos três vezes, e ele teve a gentileza de se explicar através de uma poesia, que se não fosse trágico, seria fofo. Mas delicadamente, estava escrito nas linhas que meu pretendente estava caindo nas graças de outra mulher, que forma mais singela de dizer: hey baby, achei uma mais inteligente e gostosa, desculpa ai mais a fila andou, beijo tchau. Ok, mulher nenhuma gosta de levar um chega pra lá, por mais poético e singelo que seja isso, ainda mais sabendo que existe uma outra que enamorou o seu pupilo.
Volto a me concentrar em mim, meu egocêntrico pensamento, minha forma exata e individualista de apenas me enxergar, não sei ao certo, mas tenho a leve impressão de que quando perco este foco as coisas começam a sair dos trilhos, firmar nossa personalidade diariamente é um desafio árduo, são muitas as situações que me faz deixar de pensar em mim, para pensar no outro. E eu sempre levo uma cutucada da vida, acho que já levei tantas que me sinto no meio de um show bate-cabeça. Mas um roxinho no braço nunca é demais, o mais legal, é que podemos tirar lições positivas e negativas, e ter a consciência de não repeti-las, por mais tentadoras que sejam, se deu errado uma ou duas vezes, a terceira provavelmente será um fiasco, embora essa teoria contradiga totalmente meu instinto capricorniana de ser.
Ouvindo: pitty e Ira “ a minha vida, eu preciso mudar, todo dia ...” (preciso dar um f5 na minha vida de 5 em 5 minutos).
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